Seja Bem-Vindo ao Meu Mundo
Aqui você poderá ver o seu, por um angulo diferente...
Entender melhor a vida e as pessoas, e tudo o que as cerca...
Entre, fique a vontade.
Mas, tome cuidado!
Os textos podem dizer muito mais sobre você,
do que propriamente sobre o autor. ;)

terça-feira, 28 de março de 2017

Sobre Pais e Filhos II

Tudo que toca na ferida tende a doer.
Por mais sutil que seja o toque.
Você recebe e escolhe como reagir!
Ouvimos o que precisamos.
Temos o que precisamos.
Não o que queremos.
 Nem como queremos.
 Nem todo empurrão é pra te derrubar.
 Alguns são pra que você dê um passo a frente.
Mas, a escolha é de quem recebe.
Não deve-se doer por tudo o que nos fazem ou dizem.
Principalmente quando vem de pessoas que querem nosso bem.
O receptor tem o poder da escolha.
 Não é a forma que te dizem que vai mudar sua maneira de ver.
 Mas, o jeito como você interpreta isso.
Os pais dizem tantas vezes com amor e carinho
para que não façamos certas coisas, e ainda assim às fazemos.
Agora, quando falam de uma forma mais direta,
tendemos a nos doer, nos vitimizar.
A vida e o mundo não costumam ter a mesma paciência.
Nem os mesmos cuidados ao ensinar.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Dois Cafés e um Beijo


Um milhão de sensações
Emoções que afloram
Num suspiro
Num beijo
Num carinho
Só um desejo
Encontrar aquela pessoa
Que me foi destinada
Preciso encontrar meu caminho
Ir de encontro ao meu destino
Diversas vezes escolhi alguém que não me escolheu
Algumas vezes fui escolhido por quem não escolhi
Atualmente busco por reciprocidade
Mas, ainda não sei onde encontrar

sábado, 14 de janeiro de 2017

O Homem Nublado

Essa é a história
De um homem
Que andava sempre
Com uma nuvem negra
Sobre a cabeça.
Que vivia chovendo,
E trovejando.
Há quem diga
Que até os raios
Podiam ser vistos
De vez em quando,
Se você estivesse bem próximo.
Ele vivia de cabeça cheia,
E atraía mais coisas para sua nuvem.
Que chovia cada vez
Mais forte.
Tempo fechado, cara fechada.

Até que certo dia
Ele conheceu uma garota
Com um sorriso
Que brilhava feito sol.
Ela se aproximou,
E fez as nuvens se dissiparem.
E, por um instante
Fez com que ele se esquecesse
Daquilo tudo
Que lhe escurecia a visão.
A chuva parou,
E no brilhar do olhar
Dela com o dele,
Formou-se um arco-íris.
Ele observou o tempo limpar...
Coisa que há muito tempo não via.
E gostou dessa nova sensação.
Parou pra pensar,
E notou que nem lembrava mais
O porquê daquela nuvem negra
Que o acompanhara.
Hoje ele sol-ri.
Hoje ela sol-ri.
Hoje eles sol-riem,
E são felizes.
Vêem o quanto a vida é bela.
Não que nuvens de chuva
Não façam parte de suas vidas,
Mas, eles escolheram
Sol-ver e sol-rir,
Sol-mar e sol-amar.

domingo, 8 de janeiro de 2017

Aquele Momento Mágico

Eu te vi pela primeira vez,
Mas, pareceu que já te conhecia.
Encontros e reencontros...
Muitas vidas...
Te segui com os olhos,
Mas, não fui falar com você.
Resolvi deixar para o acaso,
O destino, e essas coisas
De caminhos cruzados...
Se for pra nos encontrarmos
Novamente,
Vai acontecer...
Se for pra ser, vai ser!
É assim que é!
Nada é por acaso.
Não sabia seu nome,
Nem nada.
Mas, seu rosto
Não sai da minha cabeça.
E, se eu disser
Que em um momento,
Quanto te olhava
Um nome me veio a mente...
Instantaneamente.
Você acreditaria?
E se eu estiver certo?
Você acreditará,
Quando eu lhe contar?
Você diria ser mera coincidência?
Seu vestido estampado.
Seu sorriso em mim gravado.
Tantas cores eu vi!
Aquele jogo de luzes.
A música que tocava.
Enquanto você dançava
Lindamente distraída.
Eu vejo o mundo mais colorido
Através dos meus óculos mágicos.
E mil poesias brotaram em minha cabeça...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Agatha

Chegou mansamente.
Fitou-me de longe
Por um tempo,
quando parou.
O que procurava?
Não imagino.
Lugar novo
À explorar.
Timidamente,
Invadiu meu espaço.
Habitou meu olhar.
Fez brotar
Minha curiosidade,
Que também era sua.
Segundos intermináveis.
Nenhum músculo movíamos.
Quem daria o primeiro passo?
O que aconteceria depois?
Porque esse ser está
A me encarrar?
- Pensou ela.
Bati o pé,
E ela saiu em disparada.
Maldita gata da vizinha
Que invade a minha cozinha.

domingo, 1 de janeiro de 2017

Um Ensaio Sobre o Tempo

Todo fim de ciclo, assim
Como todo fim de século,
Não é nada mais que
O início de outro.
Apenas um marco
Na linha do tempo.
Tempo esse tão medido,
Tão metido,
Que perde o sentido.
Somos seres infindos,
Nasce, morre, reencarna,
Cada qual com o seu carma.
Erros, acertos, sucessos, tropeços...
Experiências em favor da evolução.
Tudo é aprendizado.
O homem só começou a perder tempo
Depois que parou para contá-lo.
Antes disso, tudo acontecia e chegaria
Na hora certa.
Agora também.
Tudo acontece quando deve,
Mas, nossa pressa,
Nossas falsas expectativas
Fazem parecer
Que tudo está errado,
Ou atrasado...  

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Sobre Você

Você me disse
Que tem sentido-se muito só.
Que ninguém tem lhe preenchido.
Que o sexo casual
Não tem sido satisfatório.
Tem feito você sentir-se
Uma pessoa vazia, vadia e fria.
Você me disse que todos os dias
A solidão bate em você,
Na entrada e na saída.
Diz que não tem
Mais feito sentido sua vida.
Você me disse
“Que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez”.
Tenho quase certeza
De já ter ouvido isso em alguma música.
Mas, você jura que a frase é sua,
E que se houve plágio, foi de quem musicou.
Você tem um jeito engraçado,
E todo especial de ser.
E você sempre tem tanto pra dizer.
Tanto pra ensinar.
Vive a filosofar.
A profundidade de seus papos e pensamentos
Me surpreendem sempre.
É sempre bom estar com você.
E você sempre tem tanto a me dizer... 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Sobre o Jogo


Você faz suas jogadas,
Eu faço as minhas.
Eu tento prever as suas.
Você antecipa as minhas.
E se tudo estiver entre os planos?
Se isso fizer parte da minha estratégia?
Você achar que está me ganhando,
Finjo deixar você a frente
Pra se distrair,
E eu te ganhar.
Peças do xadrez sobre o tabuleiro.
Você rainha, eu peão.
O improvável, pode acontecer?
Submerso na batalha naval.
Um torpedo pode te derrotar?
Jogo de damas, dominó.
Jogo de cartas na manga.
Os dados rolando.
Jogo de cartas marcadas.
Saída livre da prisão.
Você caiu na armadilha.
Perdeu a rodada.
Um passo a frente.
Um passo em falso.
Volte duas casas.
Um sopro no castelo de cartas.
Um dia você aprende a jogar.
Pra aprender a ganhar,
Você precisa saber perder.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A Fortaleza

Nossos mecanismos de defesa estão ativados.
Murros levantados.
Portões fechados.
Armadilhas acionadas.
Atiradores apostos.
Cães de guarda.
Só esperando o alarme de segurança disparar,
Pra dizer que estão tentando invadir nossa fortaleza.
O que será que querem?
Porque querem entrar aqui?
O que nós temos que possam lhes interessar?
Não parece ser, ouro ou prata...
Não há ninguém para libertar.
O que querem? Queria saber...
Talvez o que queiram, não posso dar.
Pois, tudo que tenho é meu coração.
E meu coração ninguém pode ter.
Se meu coração é o que vieram roubar,
Antes terão de me matar.
Mas, matar você não quer.
De que vale um coração
Que não pode bater?
No rojar das correntes no chão
Ouço que a fortaleza foi invadida
Logo descubro qual seu querer.
Não é Matar, e sim prender.
Quando devia libertar...

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Os Olhos que Observam


- As árvores estão
correndo rápido demais esta manhã!
- Sim! As nuvens também.
-Enquanto os pássaros parecem
Ter sido hasteados.
O vento apenas balança
Suas flâmulas penas.
- As árvores devem estar
Com pressa.
Devem ter alguma convenção
Naquela direção.
Só vejo vultos.
- Enquanto elas correm,
A gente só pode observar.
- Aqui fomos plantados.
Aqui nascemos, brotamos, crescemos.
Nossos olhos só podem ver
Através dos vidros.
- Nascemos dentro dessas caixas de metal,
Com janelas fechadas.
Nesse solo preto e escuro
Que os mais antigos
Chamam de asfalto.
- Parece mais um tapete preto
Com listras amarelas e brancas.
- Essas caixas de onde observamos tudo
Chamam de carro, acho que é isso.
- Não vejo muito sentido nessa vida.

- Nem eu.

domingo, 16 de outubro de 2016

Coisas do Coração XVI - A Experiência

No laboratório
Copos de Becker’s,
Tubos de ensaio.
Destilei amor e paixão.
Separei para ver
Tudo mais que havia.
Centrifuguei.
Anotei dados.
Desenhei gráficos.
Fiz tabelas de comparação.
Num estado inerte,
Satisfação e exaustão
Não se alteraram
Na balança de precisão...
O que dizer então?
- Bota pra ferver!
Alguém falou.
- Veja o estado de ebulição!
Cada qual a seu modo,
Sob a mesma pressão.
- Vamos a mais testes...
Qual irá evaporar primeiro?
O que irá sobrar depois,
Ao final, afinal?
Do que eles são feitos?
Qual tem maior densidade?
Qual será mais solúvel?
Qual será a solução?
E, se misturados, causariam explosão?
Tem lugar pr’os dois
Dentro de um coração?
Ou não?

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Pensamentos Soltos


Ela estava sozinha naquele dia.
Pensando na vida.
No que queria.
Metas e planos...
Objetivos e sonhos...

Pensava sobre aquele garoto
Do qual gostava.
Ele estava em seus planos e sonhos.
Tinha o objetivo
De investir naquela relação.
Será que daria certo?
Será que isso era recíproco?
Seriam esses os pensamentos dele também?

Ela trabalhava, estudava,
Traçava sua vida...
Tinha bons e divertidos amigos.
Pessoas com quem gostava
De trocar ideias,
E pessoas boas para ir a festas.
Positivas e alegres,
Contagiavam tudo ao redor.

Assim levava sua vida.
Ela só queria ser feliz.
E acho que é o que todo mundo quer.

sábado, 3 de setembro de 2016

Um Estranho no Paraíso V

Quando a vi,
O tempo parou.
Então parei.
Meu coração deu um salto.
Aquele friozinho na barriga.
Respiração descontrolada.
Ela irradiava de tanta beleza.
Tinha doçura no olhar.
Calma na alma.
Pureza no sorriso.
A maneira como se movia,
me hipnotizava.
Meus olhos a seguiam
por onde fosse.
Sabe aquela sensação
de tudo ficar em câmera lenta?
De os segundos ficarem longos?
De você assistir a cada movimento,
Cada passo,
Cada balançar dos cabelos?
Ela sorria lindamente...
Não me pergunte o que aconteceu depois.
Eu me perdi.
Ainda estou parado,
Preso a aquele momento.
Mesmo que hoje seja
Apenas uma lembrança.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Aprisinados

A natureza tão linda lá fora
E você aí preso,
A uma vida regrada
A fazer tudo sempre igual.
Vivemos em um cativeiro
Construído por nossas próprias escolhas.
Estaremos condenados
A viver assim pra sempre,
Enjaulados?
A solidão entre os arranha-céus,
Entre as pilhas de papéis,
Engarrafados no trânsito,
Amarrados
Dentro de caixas de metal sobre rodas,
Dando adeus nos aeroportos...
Vivemos aprisionados a um sistema,
A regras e rotinas.
E nem percebemos,
O quanto nos tornamos dependentes disso.
Se alguém nos desligar dessa tomada,
Se alguém abrir a porta da cela,
Se alguém derrubar essas grades,
Nem saberemos pra onde ir,
Pra onde andar,
O que fazer.
Nossa liberdade é baseada
No direito de fazer
Tudo o que as leis permitem.

Rompi os laços.
Quebrei as grades.
Rasguei as regras.
Dei um impulso,
Sem ter certeza
De ainda saber voar.
E não olhei para trás.
Mas, e você?
O que fará agora?

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Encontros e Desencontros

O que eu posso fazer
Pra chamar sua atenção?
Qual o segredo, se houver um
Pra ganhar seu coração?

Onde é que eu devo estar
Pra poder encontrar você?
Nossos caminhos hão de se cruzar,
Mais uma vez, você vai ver!

Passei tantas horas aqui, hipnotizado
Pelo seu sorriso, e meu coração a mil.
A bebida derramou quando a taça caiu,
A música não parou, e você não me viu.

A festa tava boa
E você dançava
Linda e loucamente.
Olhar pro teu vestido florido
Deixa meu mundo mais colorido.
Ou seria o poder
Dos meus óculos mágicos
Nesse mundo de sonho e fantasia?
Onde tudo pode virar poesia. 
Já não ligo para o tempo,
Se é noite, ou se é dia,
Não sei se quero que as horas passem
Pra que o momento de te ver
Mais uma vez, se aproxime...
Ou, se quero que parem
Pra que eu possa curtir
Por mais tempo essa gostosa sensação.

Enquanto olho de longe pra você
Penso em qual seria seu nome...
Qual seria a primeira letra?
E como num palpite de sorte
Tudo surge, e se completa.
Minha bússola encontra o norte.
Um trevo de quatro folhas no meu jardim.
O sol nascente para mim.
Com encontros e desencontros
Algumas historias começam assim...

De momento,
É só o que me resta
Um breve relato
Sobre a garota da festa.